A Rússia lançou neste domingo, 1º, o maior ataque com drones desde o início da invasão à Ucrânia há três anos, com 472 aeronaves não tripuladas enviadas ao território ucraniano, segundo a Força Aérea do país. Além disso, sete mísseis foram disparados, enquanto um ataque anterior a uma unidade de treinamento militar deixou pelo menos 12 mortos e mais de 60 feridos. Em resposta, a Ucrânia afirmou ter destruído mais de 40 aviões russos em um ataque com drones no território adversário, operação que teria levado mais de um ano e meio para ser planejada.
Os ataques ocorrem às vésperas de uma nova rodada de negociações de paz entre os dois países, marcada para esta segunda-feira, 2, na Turquia. O governo ucraniano solicitou previamente um memorando do Kremlin sobre sua posição em relação ao fim da guerra, mas Moscou afirmou que só compartilharia o documento durante as conversas. Enquanto isso, as forças ucranianas enfrentam escassez de pessoal e dificuldades para evitar aglomerações, já que a linha de frente está sob constante vigilância de drones russos.
Além dos confrontos na região de Donetsk, onde as tropas russas concentram ofensivas, a Ucrânia expandiu seus ataques com drones a áreas distantes como a Sibéria, atingindo pela primeira vez a região de Irkutsk, a mais de 4.500 km de Moscou. Enquanto isso, a Rússia anunciou o controle da vila de Oleksiivka, no norte da Ucrânia, pressionando as autoridades locais a ordenar evacuações em outras localidades. O cenário reforça a escalada de tensões antes das negociações, com ambos os lados buscando vantagens estratégicas.