Durante o 16º Congresso Nacional do PSB em Brasília, o presidente afirmou que os ataques de Israel na Faixa de Gaza são motivados por “vingança” contra a possibilidade de criação de um Estado palestino. Ele destacou que a maioria do povo judeu e israelense não apoia o conflito, classificando a ação do governo como uma resposta política. A declaração foi feita durante a leitura de uma nota do Ministério das Relações Exteriores, que repudia a aprovação de novos assentamentos israelenses na Palestina.
O documento do Itamaraty descreve a decisão israelense como uma violação do direito internacional, citando um parecer da Corte Internacional de Justiça que considerou ilegal a presença de Israel em territórios palestinos ocupados. O texto reforça a necessidade de evacuação imediata dos assentamentos e condena medidas unilaterais que prejudicam a solução de dois Estados. O público presente no evento respondeu com gritos de “Palestina livre!”, ecoando a posição oficial do governo brasileiro.
Ao final do discurso, o presidente reiterou sua crítica às ações israelenses, classificando-as como genocídio. A nota do MRE reafirmou o compromisso do Brasil com um Estado palestino independente, baseado nas fronteiras de 1967, incluindo Cisjordânia e Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental. A postura do governo brasileiro reflete uma posição histórica em defesa da paz e da solução diplomática para o conflito na região.