O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou críticas neste domingo (1º de junho de 2025) à possibilidade de o governo dos Estados Unidos aplicar sanções a um ministro do Supremo Tribunal Federal. Durante a convenção nacional do PSB, Lula questionou a interferência norte-americana na Justiça brasileira, destacando que nunca criticou as ações judiciais dos EUA, mesmo diante de conflitos internacionais envolvendo o país. Suas declarações ocorreram após o Departamento de Justiça dos EUA enviar uma carta ao STF e ao Ministério da Justiça, repreendendo a decisão de bloquear o perfil de um usuário residente nos Estados Unidos.
O caso em questão envolve a determinação do ministro Alexandre de Moraes para que a plataforma Rumble restringisse o acesso a um perfil vinculado a um jornalista brasileiro que vive nos EUA. Lula argumentou que a medida judicial visava coibir ações contra o Brasil, afirmando que os Estados Unidos estariam protegendo alguém que atua contra os interesses nacionais. O presidente não citou nomes diretamente, mas a referência ao caso foi clara em seu discurso.
A tensão entre os dois países aumentou após o anúncio do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, sobre possíveis restrições de visto a autoridades estrangeiras acusadas de censura contra cidadãos dos EUA. Embora o nome do ministro do STF não tenha sido mencionado explicitamente, Rubio havia sinalizado anteriormente que o governo americano avaliava medidas contra ele com base na Lei Magnitsky. A situação reflete divergências diplomáticas em torno de liberdade de expressão e soberania judicial.