O Rio Acre registrou uma queda de 58% no seu nível em maio, marcando 3,39 metros no último dia do mês, após ter atingido 8,01 metros no início de maio. A redução ocorreu mais de dois meses após uma enchente que desabrigou 170 famílias em Rio Branco, quando o rio ultrapassou a cota de transbordo em março. O mês de maio, que marca o início do verão, também teve um acumulado de chuvas 79% abaixo da média histórica, com apenas 73,4 milímetros registrados, contra os 93 milímetros esperados.
Apesar de ter começado com chuvas significativas, como os 23,8 mm no dia 2, maio teve longos períodos sem precipitações, com o maior volume concentrado no dia 28 (26 mm). A estiagem acende um alerta, já que em setembro do ano passado o rio atingiu seu menor nível histórico (1,23 metro). A situação contrasta com o início do ano, quando o Acre enfrentou um inverno intenso e redução de quase 100% nas queimadas nos primeiros meses de 2025.
A queda no nível do rio e a escassez de chuvas preocupam autoridades e moradores, que já enfrentaram os extremos de cheias e secas nos últimos meses. Enquanto a Defesa Civil monitora a vazante, a população se prepara para possíveis impactos, como a estiagem que afetou a região em anos anteriores. O cenário reforça a necessidade de medidas preventivas para mitigar os efeitos das variações climáticas no estado.