João Campos, prefeito do Recife, tomou posse como presidente do PSB durante o congresso nacional do partido em Brasília neste domingo, 1º. Aos 31 anos, ele sucede Carlos Siqueira com a missão de fortalecer o partido para as próximas eleições e negociar a permanência do vice-presidente Geraldo Alckmin na chapa de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Campos, que vem de uma família tradicional da política pernambucana, é visto como um nome da renovação, mas carrega o legado de seu bisavô, Miguel Arraes, e de seu pai, Eduardo Campos, ambos ex-líderes do PSB.
Reeleito prefeito do Recife em 2024 com mais de 70% dos votos, João Campos ganhou projeção nacional por sua forte presença nas redes sociais. Agora, à frente do partido, ele deve trabalhar para consolidar sua trajetória rumo ao governo de Pernambuco em 2026, seguindo os passos de seus antecessores. Paralelamente, terá o desafio de garantir que Alckmin permaneça como vice na chapa de Lula, em meio a pressões de aliados para que a vaga seja usada para atrair partidos de centro.
O futuro de Alckmin no governo ainda é incerto, com especulações sobre sua possível candidatura ao governo de São Paulo ou ao Senado pelo estado. A estratégia do PSB visa evitar que o bolsonarismo domine as duas vagas em disputa. Enquanto isso, João Campos busca equilibrar herança familiar e renovação, posicionando-se como uma das principais apostas da esquerda para o pós-Lula.
