O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante o 16º Congresso Nacional do PSB em Brasília, que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser protegido, mesmo reconhecendo que a corte “não é uma maçã doce”. Ele destacou a importância de preservar as instituições democráticas e alertou que, sem maioria no Senado, a direita poderia causar instabilidade no país. “Se não elegermos, eles vão fazer uma muvuca nesse país”, declarou, referindo-se ao risco de pressões políticas sobre o Judiciário.
A declaração ocorre em um contexto de tensões envolvendo o STF, incluindo uma carta do Departamento de Justiça dos EUA informando que empresas norte-americanas não são obrigadas a cumprir determinações do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado havia ordenado a suspensão da plataforma Rumble no Brasil após a empresa se recusar a bloquear o perfil de um jornalista baseado nos EUA. O documento americano citou a legislação local, que prevê exceções quando há conflito com princípios como liberdade de expressão.
O Ministério da Justiça brasileiro confirmou ter recebido a carta e afirmou que encaminhou a análise ao setor responsável. Enquanto isso, a defesa de Lula ao STF reforça o debate sobre a independência do Judiciário, especialmente diante de discussões sobre possíveis impeachment de ministros, algo inédito na história do país. O discurso do presidente reflete preocupações com a estabilidade institucional em um cenário político polarizado.