Durante a convenção nacional do PSB, que oficializou João Campos como novo presidente do partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a “extrema direita” e defendeu a necessidade de uma maioria progressista no Senado em 2026 para preservar as instituições democráticas. Lula afirmou que, sem essa maioria, há risco de desestabilização do Supremo Tribunal Federal (STF) e das garantias democráticas. O presidente também brincou sobre sua disposição para impedir o retorno da extrema direita ao poder, destacando sua motivação atual.
Em seu discurso, Lula reagiu às declarações do senador norte-americano Marco Rubio, que sugeriu sanções a autoridades estrangeiras que censurassem cidadãos dos EUA, em uma possível referência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O presidente classificou a proposta como ingerência nos assuntos internos do Brasil e criticou o ex-presidente Donald Trump por promover o unilateralismo em detrimento da cooperação internacional. “Queremos livre comércio e soberania de cada país”, afirmou.
A convenção também marcou acenos políticos, como o elogio de Lula ao presidente da Câmara, Hugo Motta, em meio ao impasse sobre mudanças no IOF. João Campos, novo líder do PSB, defendeu a manutenção da chapa Lula-Alckmin em 2026 e a atração do centro político para a esquerda. O vice-presidente Geraldo Alckmin, presente no evento, alertou sobre os riscos de golpismo em cenários eleitorais adversos. A cerimônia reforçou a aliança entre PT e PSB, com Lula lembrando sua relação histórica com o partido e com o ex-governador Eduardo Campos, pai do novo presidente.