A sarcobesidade, condição que une obesidade e perda de massa muscular, representa um risco crescente para a saúde, especialmente entre idosos. Com o envelhecimento da população global – estima-se que 2,1 bilhões de pessoas terão 60 anos ou mais até 2050 –, fatores como sedentarismo e má alimentação agravam o problema. A doença aumenta o risco de diabetes, problemas cardiovasculares e resistência à insulina, exigindo estratégias eficazes de prevenção e tratamento.
Um estudo recente, com participação de uma pesquisadora da USP, aponta três caminhos promissores: suplementação com taurina (aminoácido com efeitos anti-inflamatórios), equilíbrio da microbiota intestinal e prática regular de exercícios físicos. Entre essas estratégias, a atividade física se destaca como a mais eficaz, ajudando a preservar a massa muscular e melhorar a qualidade de vida. No entanto, a falta de critérios claros para diagnóstico ainda é um desafio para o combate à doença.
Além das intervenções individuais, políticas públicas que incentivem alimentação saudável e exercícios são essenciais, principalmente para idosos. Pesquisadores buscam avançar em ensaios clínicos para testar as melhores estratégias, com o objetivo de oferecer soluções acessíveis. A prevenção, no entanto, deve começar antes dos primeiros sintomas, reforçando a importância de hábitos saudáveis ao longo da vida.