Representantes da Rússia e da Ucrânia se reúnem nesta segunda-feira (2) em Istambul, na Turquia, para a segunda rodada de negociações diretas desde o início da guerra, há mais de três anos. O diálogo ocorre em meio a um cenário de intensificação dos conflitos, com ambos os lados realizando ataques sem precedentes nas últimas horas. A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões russos em um ataque coordenado com drones, enquanto a Rússia respondeu com o maior bombardeio de drones do conflito até o momento, lançando 472 contra território ucraniano.
As negociações, que começaram em maio sem avanços significativos, enfrentam obstáculos devido às demandas divergentes. A Ucrânia exige um cessar-fogo incondicional, a repatriação de prisioneiros e crianças, além de garantias de segurança apoiadas por aliados ocidentais. Já a Rússia insiste na resolução das “causas profundas” do conflito, incluindo a renúncia ucraniana à Otan e a entrega de regiões reivindicadas por Moscou, condições rejeitadas por Kiev.
O encontro no palácio de Ciragan ocorre um dia após os ataques recíprocos, que elevam a tensão e dificultam a perspectiva de um acordo. Enquanto a Ucrânia busca demonstrar capacidade estratégica com operações em território russo, a Rússia reforça sua postura intransigente, apresentando um memorando com suas condições sem compartilhá-lo previamente. Com as partes distantes de um consenso, a guerra segue sem sinais de resolução imediata.