O Ministério Público de São Paulo (MPSP) investiga a superlotação no Centro Municipal de Proteção à Criança e ao Adolescente (CMPCA) em Campinas (SP). O abrigo, que tem capacidade para 20 pessoas, está atendendo 27 acolhidos desde março, segundo denúncia. A prefeitura atribui a situação a decisões judiciais que exigem acolhimento imediato, mas admite que a lotação é pontual e temporária.
Funcionários relatam que a falta de profissionais e a superlotação prejudicam o atendimento individualizado, com crianças e adolescentes deixando de comparecer a terapias, consultas médicas e outras atividades devido à escassez de educadores sociais. Alguns acolhidos chegaram a dormir em colchões no chão por falta de camas, e um adolescente com deficiência foi transferido para a sede administrativa do CMPCA, onde recebe cuidados de enfermagem 24 horas, mas sem acompanhamento social integral.
A prefeitura afirmou que já está adotando medidas para resolver o problema, como a contratação emergencial de uma nova casa de passagem, a ampliação da equipe e a implantação de um novo abrigo com 20 vagas em julho. O MPSP acompanha o caso e espera uma solução breve. Enquanto isso, a situação continua a impactar a qualidade do atendimento oferecido às crianças e adolescentes vulneráveis.