Professores da rede pública do Distrito Federal iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (2), após assembleia do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). A paralisação ocorre mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça do DF que impôs multa diária de R$ 1 milhão ao sindicato e autorizou o corte de ponto dos servidores que aderirem ao movimento. O Sinpro classificou a medida judicial como “absurda e desproporcional”, afirmando que a greve é um direito constitucional.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a reestruturação da carreira e o aumento do salário base, com a proposta de dobrar o vencimento inicial. Os professores também pedem que o tempo de serviço dos contratados temporários seja considerado para progressão na carreira, além de ampliação dos percentuais de aumento por especialização, mestrado e doutorado. O sindicato alega que o governo interrompeu as negociações sem apresentar propostas concretas.
A greve ocorre em um contexto de tensão entre a categoria e o governo local, com o Sinpro destacando a falta de investimentos na educação e a desvalorização dos profissionais. A decisão sobre o fim da paralisação dependerá de uma nova assembleia, enquanto a Justiça mantém as sanções para pressionar o retorno às aulas. O movimento deve impactar milhares de estudantes e famílias no DF.