O presidente do Banco Central destacou a importância de preservar a flexibilidade na condução da política monetária, afirmando que a autarquia ainda está avaliando o ciclo de alta da taxa Selic e não o momento adequado para iniciar os cortes. Durante evento em São Paulo, ele reforçou que as ações do Comitê de Política Monetária (Copom) devem demonstrar compromisso com a meta de inflação de 3%, dentro da margem de tolerância estabelecida. A autoridade monetária segue analisando dados para calibrar a taxa de juros terminal, mantendo uma postura contracionista.
Em maio, o BC reduziu o ritmo de alta da Selic, elevando-a em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, sem definir o próximo passo, que dependerá de novos indicadores econômicos. Enquanto o mercado financeiro projeta a manutenção da taxa na próxima reunião, há especulações sobre quando o ciclo de cortes começará, com algumas apostas indicando possíveis reduções apenas em 2026. O presidente do BC evitou antecipar discussões sobre futuros ajustes, reforçando que o foco atual ainda está no estágio de alta dos juros.
Galípolo enfatizou a necessidade de manter a Selic em patamar restritivo por tempo suficiente para ancorar expectativas e controlar a inflação, usando uma analogia sobre resistência e firmeza na condução da política monetária. A abordagem cautelosa reflete a preocupação do BC em assegurar a estabilidade econômica, sem precipitar decisões que possam comprometer o controle inflacionário. A postura da autoridade monetária continua sendo guiada por dados, sem descartar ajustes futuros conforme a evolução do cenário macroeconômico.