Todas as deputadas estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foram alvo de um e-mail com ameaças de morte e estupro no último sábado (31). A mensagem, de conteúdo violento e misógino, citava nominalmente algumas parlamentares e incluía linguagem racista e capacitista. O caso foi denunciado à Polícia Civil e à presidência da Alesp, mas até o fechamento desta reportagem, não houve resposta da Secretaria da Segurança Pública (SSP) ou da assembleia.
Em nota conjunta, as parlamentares classificaram o ataque como uma tentativa de silenciar mulheres que ocupam espaços de poder na política. Elas destacaram que o episódio reflete um padrão de violência de gênero, infelizmente comum no cenário político brasileiro. “É mais uma expressão de ódio contra mulheres que buscam representatividade”, afirmaram, enfatizando a necessidade de políticas públicas para combater esse tipo de crime.
O caso reacende o debate sobre a segurança de mulheres na política e a urgência de medidas eficazes contra a violência de gênero. As deputadas reforçaram que ataques como esse não as intimidarão, mas evidenciam a importância de maior proteção e conscientização. A investigação segue em andamento, enquanto organizações de direitos humanos e entidades políticas cobram respostas das autoridades.
