A Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de investigados por envolvimento em fraudes que resultaram em descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A decisão, emitida pela 7ª Vara Federal do Distrito Federal, visa garantir o ressarcimento das vítimas e atinge bens e ativos financeiros de duas empresas e seus sócios. A Advocacia-Geral da União (AGU) destacou que a medida faz parte de um esforço maior para recuperar valores desviados.
A operação, batizada de “Sem Desconto” pela Polícia Federal, investiga um esquema nacional de cobrança indevida de mensalidades associativas, com estimativa de R$ 6,3 bilhões descontados irregularmente entre 2019 e 2024. No mês passado, a AGU já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de 12 entidades e 60 dirigentes, com o processo dividido em 15 ações para agilizar a análise judicial.
As ações judiciais são coordenadas por um grupo especial da AGU, criado para recuperar os valores subtraídos dos beneficiários do INSS. Enquanto as investigações avançam, autoridades reforçam o compromisso de garantir a restituição dos recursos e a punição dos responsáveis. A medida busca não apenas reparar os prejuízos, mas também coibir futuras irregularidades no sistema previdenciário.