O ex-ministro da Fazenda criticou o aumento dos gastos do governo, mas admitiu que, diante do orçamento limitado, tomaria a mesma decisão do atual titular da pasta em elevar as alíquotas do IOF. Ele destacou que as despesas obrigatórias, como previdência e salários de servidores, consomem grande parte do orçamento, deixando pouco espaço para cortes sem prejudicar serviços essenciais.
Durante evento do Monitor do Mercado, o ex-ministro explicou que o governo está reduzindo gastos discricionários para compensar o crescimento das despesas obrigatórias, mas ressaltou que esse ajuste tem limites. Como exemplo, citou a liberação de R$ 400 milhões para universidades que enfrentavam falta de recursos para itens básicos, como combustível e equipamentos de informática.
Segundo projeções da lei de diretrizes orçamentárias, o ex-ministro alertou que os recursos federais se esgotarão até 2027, o que pode levar a uma crise fiscal. “Tem um encontro marcado com a crise”, afirmou, enfatizando a necessidade de medidas para evitar o colapso financeiro. Ele reforçou que, sem mudanças estruturais, o governo ficará sem margem para manter até mesmo os serviços públicos mais essenciais.