Os juros futuros iniciaram a semana em alta, impulsionados por um cenário inflacionário mais favorável, com exceção dos vértices curtos, que permaneceram estáveis com viés de baixa. A redução nos preços da gasolina pela Petrobras e a melhora nas projeções do IPCA no Boletim Focus contribuíram para aliviar as expectativas de inflação. No entanto, o aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, devido a tensões comerciais globais, pressionou as taxas longas no Brasil.
A ponta curta da curva refletiu cautela em relação aos próximos passos do Copom, especialmente após dados recentes do mercado de trabalho indicarem atividade econômica aquecida. Enquanto isso, as medianas do IPCA no Focus apresentaram leve melhora, mas ainda permanecem distantes da meta de 3%. A expectativa predominante é de que a Selic seja mantida em 14,75% a partir da próxima reunião do Copom, com possíveis ajustes dependendo do comportamento da inflação.
O anúncio da Moody’s sobre a revisão da perspectiva de crédito do Brasil, de positiva para estável, teve impacto limitado no mercado, já que parte dos investidores já antecipava a mudança. A incerteza em torno das tarifas comerciais globais, no entanto, elevou a demanda por prêmios de risco, afetando principalmente os títulos de longo prazo. O discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não trouxe novidades sobre política monetária, deixando o mercado atento aos próximos desdobramentos econômicos.