O presidente do Banco Central destacou que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre crédito deve ser utilizado como instrumento regulatório, e não para fins arrecadatórios ou como apoio à política monetária. Durante palestra no Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP), ele afirmou que o BC aguardará a definição do modelo final do tributo antes de incorporá-lo em suas projeções, devido às discussões em curso sobre possíveis ajustes.
Galípolo também mencionou a necessidade de aprimorar o Conselho Monetário Nacional (CMN), expressando desconforto com alguns temas debatidos no colegiado, que muitas vezes fogem das atribuições do BC e envolvem questões fiscais. Ele reforçou a importância de uma postura cautelosa diante do cenário econômico global marcado por incertezas, evitando projeções precipitadas que possam ser mal interpretadas pelo mercado.
O presidente do BC ressaltou que, em um ambiente de alta volatilidade, a comunicação das autoridades monetárias deve ser clara e humilde, priorizando a explicação das reações do banco central em vez de antecipar medidas. Ele alertou que a falta de uma narrativa bem definida pode levar a interpretações equivocadas por parte do mercado e da mídia, impactando a eficácia da política monetária. A cautela e a flexibilidade, segundo ele, são essenciais nesse contexto.