A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de empresas e sócios investigados por envolvimento em esquemas de fraude contra aposentados e pensionistas do INSS. A decisão, emitida pela 7ª Vara Federal do Distrito Federal, atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e é a primeira de um conjunto de 15 ações que visam garantir o ressarcimento das vítimas. Entre os alvos estão empresas de consultoria e seus sócios, acusados de realizar descontos ilegais em benefícios previdenciários por meio de associações de fachada.
A ação original, movida pela AGU em maio, pedia o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades e seus dirigentes, totalizando 60 réus. No entanto, a juíza responsável determinou o desmembramento em 15 processos distintos, limitando a cinco réus por ação. Além das entidades já investigadas, seis empresas foram incluídas por suspeita de intermediar vantagens indevidas, ampliando o escopo das investigações.
As entidades envolvidas também respondem a Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) no INSS, instaurados em maio, por corrupção e formação de quadrilha. Segundo as investigações, elas teriam sido criadas especificamente para fraudar beneficiários do INSS, utilizando documentos falsos e “laranjas”. O caso reforça os esforços das autoridades para combater golpes que afetam aposentados e pensionistas em todo o país.