A Justiça Federal ordenou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de empresas e indivíduos suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes contra beneficiários do INSS. A decisão, solicitada pela Advocacia-Geral da União (AGU), é a primeira de uma série de 15 ações judiciais que visam assegurar o ressarcimento das vítimas. A medida atinge duas empresas de consultoria e seus sócios, acusados de realizar descontos ilegais em benefícios previdenciários por meio de associações de fachada.
Segundo a AGU, os investigados teriam utilizado organizações criadas especificamente para aplicar golpes, incluindo o uso de “laranjas” e documentos falsos. Além disso, há indícios de que agentes públicos possam ter recebido propinas para facilitar as operações. A ação original pedia o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades e 60 pessoas, mas o caso foi desmembrado em processos menores para agilizar a tramitação.
As empresas e indivíduos envolvidos também respondem a processos administrativos no INSS por suspeita de corrupção e formação de quadrilha. A investigação continua em andamento, com a expectativa de que novas medidas sejam tomadas para coibir práticas semelhantes e proteger os direitos dos aposentados e pensionistas. A decisão judicial reforça o combate a fraudes no sistema previdenciário, destacando a importância da fiscalização e da responsabilização dos envolvidos.