Nesta terça-feira, 3, os sul-coreanos votam para eleger seu próximo presidente em uma eleição que encerra meses de instabilidade política, incluindo a breve imposição da lei marcial no final do ano passado. O pleito, considerado “relâmpago”, definirá a abordagem do país em questões críticas, como as relações com Estados Unidos, China e Coreia do Norte. Nos últimos meses, a nação teve três presidentes interinos, refletindo a profunda divisão partidária e o desejo por mudança na liderança.
O candidato progressista, ex-governador e líder do Partido Democrático, lidera as pesquisas com cerca de 49% de apoio, segundo a Gallup Korea. Ele defende um equilíbrio na política externa, mantendo a aliança com os EUA, mas sem antagonizar China ou Rússia. Já o representante do principal partido conservador, que atuou no governo anterior, tem aproximadamente 36% das intenções de voto e expressou arrependimento por sua postura inicial durante a crise da lei marcial.
A eleição tornou-se um referendo sobre os eventos recentes e suas consequências, com a maioria da população exigindo uma nova direção para o país. A campanha foi marcada por medidas de segurança incomuns, como discursos realizados atrás de vidros blindados, evidenciando o clima de tensão. O resultado determinará não apenas o futuro interno da Coreia do Sul, mas também seu posicionamento em um cenário global cada vez mais complexo.