O governo português iniciou um processo de notificação para que 18 mil imigrantes deixem o país voluntariamente, após terem seus pedidos de residência negados. Desse total, 5.386 são brasileiros, o segundo maior grupo afetado, atrás apenas dos indianos (13.466). As notificações, emitidas pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), estão sendo realizadas em ritmo acelerado, com cerca de 2 mil avisos por dia, segundo informações divulgadas pela imprensa local.
Os imigrantes notificados têm até 20 dias para sair de Portugal. Caso não cumpram a ordem, podem ser submetidos a um processo de expulsão coerciva, acompanhado pelas forças de segurança do país. O ministro responsável destacou que o procedimento prioriza a saída voluntária, mas medidas mais rigorosas serão adotadas se necessário. Além de brasileiros e indianos, cidadãos de Bangladesh, Nepal e Paquistão também estão entre os principais grupos afetados.
A taxa de rejeição de pedidos de residência em Portugal atualmente é de 18,5%, e o governo espera que o número de notificações aumente nas próximas semanas, já que milhares de processos ainda aguardam análise. A medida reflete uma política migratória mais restritiva, em meio a debates sobre integração e capacidade de acolhimento do país. Autoridades afirmam que o objetivo é garantir a legalidade dos fluxos migratórios, mas a decisão tem gerado discussões sobre seu impacto nas comunidades estrangeiras.