Um estudo divulgado pela consultoria PSR nesta segunda-feira (2.jun.2025) aponta que o Brasil tem potencial para instalar entre 17 GW e 24 GW de usinas solares flutuantes em reservatórios de hidrelétricas. Atualmente, a energia solar já é a segunda maior fonte do país, com capacidade instalada de mais de 55 GW, representando 22% da matriz energética nacional. A tecnologia flutuante surge como uma oportunidade para expandir a geração renovável e aproveitar a infraestrutura elétrica já existente.
A implementação desses sistemas, no entanto, enfrenta desafios, como a variação da radiação solar em algumas regiões e a capacidade limitada das subestações conectadas às hidrelétricas. Embora o Brasil já opere projetos piloto em pequena escala (até 10 MW), liderados por empresas como Eletrobras e Cemig, a expansão pode ocorrer tanto em grandes usinas quanto em sistemas distribuídos para atendimento remoto, principalmente em áreas de baixa tensão.
Além do ganho energético, os painéis flutuantes podem reduzir a evaporação da água nos reservatórios em 30% a 50%, dependendo da cobertura. A PSR destaca que esses empreendimentos híbridos representam uma solução eficiente para maximizar o uso de recursos naturais e infraestrutura, fortalecendo a transição para fontes renováveis no país.