A saúde mental está cada vez mais ligada à crise climática, conforme aponta um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2024. Eventos extremos e degradação ambiental têm contribuído para o aumento de transtornos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. Nesse contexto, surge a solastalgia, termo cunhado em 2005 para descrever o sofrimento emocional causado pela transformação ou destruição do ambiente em que vivemos, afetando especialmente comunidades diretamente impactadas por desastres ecológicos.
Entre os sintomas mais comuns da solastalgia estão tristeza, ansiedade e sensação de impotência, conforme explica uma profissional de psicologia. Populações em áreas ambientalmente vulneráveis, como regiões de desmatamento, zonas árticas e comunidades indígenas, são as mais afetadas. Jovens também demonstram alta prevalência de ansiedade ecológica, com estudos indicando que 75% deles veem o futuro como “assustador” devido às mudanças climáticas.
Reconhecer e enfrentar esse sofrimento exige autoconhecimento e acesso a informações qualificadas. Estratégias como reconexão com a natureza, engajamento em causas ambientais e moderação no consumo de notícias negativas podem ajudar a aliviar os sintomas. Discutir o tema amplia a conscientização sobre os impactos humanos da crise climática, reforçando a necessidade de ações coletivas por um futuro mais sustentável e saudável.