Um estudo da consultoria PSR revelou que o Brasil tem potencial economicamente viável para instalar entre 17 GW e 24 GW de usinas solares flutuantes em reservatórios de hidrelétricas. Apesar de o potencial teórico chegar a 3.800 GW, devido à extensão dos lagos das hidrelétricas, limitações técnicas e econômicas reduzem esse número. Projetos em pequena escala já existem no país, operados por empresas como Eletrobras e Cemig, mas a expansão pode otimizar a matriz energética nacional.
A tecnologia solar flutuante oferece benefícios além da geração de energia, como a redução de 30% a 50% na evaporação da água dos reservatórios, contribuindo para a conservação hídrica. Embora o custo inicial seja maior do que o de sistemas solares terrestres (R$374/MWh contra R$343/MWh), vantagens operacionais e ambientais podem compensar a diferença, especialmente em áreas com restrições de uso do solo.
A PSR destaca que a integração entre hidrelétricas e energia solar flutuante é uma estratégia eficiente para impulsionar a transição energética no Brasil, maximizando a infraestrutura existente e ampliando a capacidade renovável. Rafael Kelman, diretor executivo da consultoria, afirmou que essa abordagem combina sustentabilidade e eficiência, posicionando o país como um potencial líder na adoção de soluções híbridas no setor elétrico.