O halving do bitcoin, evento que reduz pela metade a recompensa por bloco minerado, diminuiu o subsídio de 6,25 BTC para 3,125 BTC, pressionando as margens de lucro das mineradoras. Embora taxas de transação recordes, impulsionadas pelo novo padrão de token “Runes”, tenham compensado temporariamente a queda, a atividade diminuiu rapidamente, levando o hashprice — métrica que mede a rentabilidade — a atingir mínimas históricas. Empresas com custos operacionais mais baixos e equipamentos eficientes, como CleanSpark e Riot, conseguiram manter margens positivas, enquanto outras, como Hive e Hut 8, enfrentam dificuldades, operando próximas do prejuízo.
As mineradoras estão adotando estratégias distintas para se adaptar ao novo cenário. Algumas, como Marathon e CleanSpark, investem em aquisições de instalações próprias para reduzir custos, enquanto outras, como Riot e Bitfarms, focam na expansão de capacidade com máquinas de última geração. A dívida elevada de empresas como Core Scientific e a falta de planos claros de expansão de Hut 8 e Hive destacam os desafios enfrentados por quem não se preparou adequadamente para o halving.
A eficiência operacional e a redução de custos emergem como prioridades para o setor. Mineradoras com acesso a energia barata, como Terawulf, ou que negociam contratos vantajosos, como Cipher, têm vantagem competitiva. Bitfarms, apesar de menos valorizada que as líderes, pode se destacar se concluir suas expansões, aproximando-se do patamar das maiores empresas. O desempenho do bitcoin nos próximos meses será crucial, mas as empresas que investiram em infraestrutura e modernização estão melhor posicionadas para enfrentar o período pós-halving.