Arqueólogos na Turquia descobriram um pão de aproximadamente 5.000 anos, excepcionalmente preservado, durante escavações no sítio de Küllüoba, na província de Eskişehir. O artefato, datado da Idade do Bronze, foi encontrado parcialmente carbonizado sob a entrada de uma residência antiga, onde a falta de umidade e a camada de terra ajudaram a conservá-lo. Com 12,7 cm de diâmetro, o pão mantém sua forma original, oferecendo uma rara visão sobre as técnicas de panificação da época.
Análises iniciais indicam que o pão foi feito com trigo ancestral do tipo emmer e lentilhas, além de apresentar sinais de fermentação natural, sugerindo um processo de levedura antes do cozimento em fornos rudimentares. A descoberta não só destaca a sofisticação alimentar das comunidades antigas, mas também levanta a hipótese de que o pão possa ter tido uma função ritualística, possivelmente associada a cerimônias de fertilidade, devido às marcas de queima intencional.
A relevância do achado inspirou padeiros locais a recriarem o “pão de Küllüoba”, utilizando ingredientes similares aos originais. Além de enriquecer o entendimento sobre a dieta das civilizações antigas, a descoberta reforça o papel simbólico do pão na história humana, conectando práticas milenares à cultura alimentar contemporânea.