O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para a próxima segunda-feira (9) o início dos interrogatórios presenciais dos réus na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder após as eleições de 2022. Os depoimentos ocorrerão na sede do STF, com exceção de um dos investigados, que será ouvido por videoconferência devido à prisão preventiva. O primeiro a prestar depoimento será um militar que firmou acordo de delação premiada, seguido pelos demais réus, que serão ouvidos em ordem alfabética.
As audiências estão previstas para ocorrer entre 14h e 20h, podendo se estender até sexta-feira (13) caso necessário. Todos os investigados têm o direito de permanecer em silêncio, conforme garantido pela Constituição. O processo já ouviu 52 testemunhas, incluindo relatos sobre uma reunião no Palácio da Alvorada em que teria sido discutida uma possível ruptura democrática.
O caso, que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes, também registrou momentos tensos durante os depoimentos, incluindo advertências a testemunhas. As investigações continuam em andamento, com foco na apuração de supostos atos ilegais para manter o poder após a derrota eleitoral. O ex-presidente, recentemente submetido a uma nova cirurgia, está entre os investigados, mas não há menção a seu depoimento no cronograma divulgado.