O Reino Unido divulgou um relatório afirmando que o país deve se preparar para um possível conflito na Europa ou no Atlântico, destacando a necessidade de reforçar estoques de armas e equipamentos. O documento, de 130 páginas, alerta que os recursos atuais podem durar apenas alguns dias em caso de crise e pede mudanças para conter possíveis agressões, sem prever aumento imediato no contingente militar antes das próximas eleições. A revisão foi apresentada pelo primeiro-ministro, que enfatizou a importância de modernizar as Forças Armadas para enfrentar desafios futuros.
Durante o anúncio, foram detalhados planos para ampliar a capacidade militar até 2035, incluindo a integração de drones, inteligência artificial e novas aeronaves, além da construção de 12 submarinos de ataque e a abertura de seis fábricas de munição. Um investimento de £15 bilhões em ogivas nucleares também foi confirmado, com o objetivo de fortalecer a dissuasão estratégica. O premiê destacou que as medidas visam transformar o país em uma “nação blindada”, capaz de preservar sua segurança e modo de vida.
O relatório, elaborado por uma equipe liderada por um ex-secretário-geral da OTAN, lista 62 recomendações para enfrentar uma “nova era de ameaças”, incluindo ações de Estados hostis e o uso de tecnologias emergentes. O anúncio ocorre em um contexto de tensões globais, como o recente ataque da Ucrânia contra aviões russos, reforçando a urgência das discussões sobre defesa. As propostas buscam alinhar o Reino Unido com aliados e garantir capacidades avançadas para as próximas décadas.