O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou nesta segunda-feira (2) a fase de depoimentos das testemunhas no processo que investiga o núcleo 1 da trama golpista. Ao todo, 52 testemunhas foram ouvidas desde o início dos trabalhos, em 19 de maio, incluindo representantes da acusação e da defesa dos envolvidos. O senador Rogério Marinho foi o último a depor, negando qualquer participação dos investigados em ações de ruptura institucional após as eleições de 2022.
Durante seu depoimento, o parlamentar afirmou que não houve sinalização de medidas antidemocráticas por parte dos investigados e destacou que um dos envolvidos demonstrou preocupação em garantir uma transição pacífica. Segundo ele, o foco era evitar instabilidade econômica e social, além de assegurar o respeito ao processo eleitoral. O senador também mencionou que o período foi marcado por tristeza devido ao resultado das urnas, mas sem indícios de ações golpistas.
Com a conclusão desta etapa, os interrogatórios dos investigados estão marcados para a próxima segunda-feira (9). O julgamento, que deve ocorrer ainda este ano, decidirá sobre a possível condenação ou absolvição dos envolvidos, que respondem por crimes como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. As penas, se aplicadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão. O caso segue sob análise da Primeira Turma do STF, que aceitou a denúncia por unanimidade em março.