O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu nesta segunda-feira (2) a fase de oitivas das testemunhas de acusação e defesa no processo relacionado ao núcleo 1 da investigação sobre supostos atos golpistas. Ao todo, 52 testemunhas foram ouvidas desde o início dos depoimentos, em 19 de maio, incluindo o senador Rogério Marinho (PL-RN), último a prestar esclarecimentos. Marinho negou que os investigados tenham sinalizado qualquer intenção de ruptura institucional após as eleições de 2022 ou participado dos eventos de 8 de janeiro.
Durante seu depoimento, o parlamentar afirmou que os envolvidos estavam focados em garantir uma transição pacífica, sem interferências na economia ou no direito de ir e vir. Segundo ele, o clima entre os assessores era de tristeza pela derrota eleitoral, mas com preocupação em seguir os protocolos democráticos. O então ministro da Casa Civil foi indicado para liderar o diálogo com a equipe de transição, reforçando a disposição de cumprir os trâmites legais.
Com o encerramento desta etapa, os interrogatórios dos oito investigados estão marcados para a próxima segunda-feira (9). O julgamento, que pode resultar em penas superiores a 30 anos de prisão, deve ocorrer ainda este ano. Eles respondem por crimes como organização criminosa, tentativa de golpe e dano ao patrimônio público, conforme denúncia aceita unanimemente pela Primeira Turma do STF em março.