A Reforma Tributária, que unifica tributos como PIS, COFINS, ICMS e ISS em contribuições como CBS, IBS e IS até 2033, traz mudanças profundas para o sistema brasileiro. A transição, ainda que gradual, demanda ação imediata das empresas para evitar desvantagens competitivas e problemas operacionais. Entre os principais desafios estão a ampliação da base de incidência, que passará a tributar operações antes isentas, como locações, e a necessidade de revisão de contratos, prazos e saúde fiscal da cadeia de suprimentos devido à nova regra de créditos vinculados ao pagamento efetivo.
Outro ponto crítico é o fim dos incentivos fiscais estaduais, o que aumentará custos para empresas em regiões beneficiadas por regimes especiais. Além disso, a adoção do princípio do destino — cobrança no local de consumo — exigirá reavaliação de estratégias logísticas e geográficas. Para lidar com essas mudanças, as organizações precisarão investir em tecnologia, adaptar sistemas ERP e capacitar equipes multidisciplinares, já que a reforma impacta áreas como fiscal, jurídica, compras e RH.
A criação de um comitê interno para monitorar regulamentações, mapear riscos e implementar planos de ação é recomendada para garantir conformidade. Empresas que se prepararem agora podem transformar a reforma em ganhos de eficiência, enquanto a inércia trará custos elevados. A adaptação requer diagnóstico detalhado, simulações financeiras e comunicação clara entre setores, reforçando a urgência de iniciar o processo o quanto antes.