A ministra de Relações Institucionais criticou a decisão de um grupo de senadores de visitar três mulheres acusadas de participação nos atos de 8 de janeiro que se encontram nos Estados Unidos em situação irregular. Em suas redes sociais, a ministra afirmou que a iniciativa busca “vitimizar quem atentou contra a democracia” e acusou os parlamentares de usar recursos públicos para difundir “mentiras contra o Brasil” no exterior. As mulheres foram presas nos EUA e, segundo a ministra, deveriam retornar ao país para cumprir suas penas.
A visita, aprovada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, foi proposta por um senador que defendeu a necessidade de avaliar diretamente a situação das detidas. No requerimento, ele mencionou quatro nomes, mas uma delas já havia sido deportada para o Brasil e cumpre pena após condenação pelo STF. As outras três enfrentam acusações ou condenações por crimes relacionados aos ataques de 8 de janeiro, incluindo associação criminosa e dano ao patrimônio público.
O caso reacende debates sobre a atuação de autoridades brasileiras em relação a eventos ligados ao 8 de janeiro, especialmente no que diz respeito à cooperação internacional e ao tratamento jurídico dos envolvidos. A discussão também levanta questões sobre o uso de recursos públicos para missões parlamentares no exterior, tema que tem gerado divergências entre governo e oposição. A data da viagem ainda não foi definida.