Uma importante descoberta arqueológica na cidade de Täby, ao norte de Estocolmo, trouxe à luz uma fazenda viking, um cemitério e um valioso tesouro de prata enterrado há mais de mil anos. Escavado por especialistas dos Museus de História da Suécia, o sítio contém 34 edificações, cinco sepulturas e cerca de 1.450 artefatos, incluindo objetos cotidianos e itens ritualísticos. O destaque foi um tesouro guardado em uma bolsa de linho, contendo anéis, amuletos e moedas de locais distantes como Pérsia e Inglaterra, evidenciando uma rede de comércio vasta entre os vikings e outras culturas.
Entre os achados, as moedas datadas entre 904 e 997 d.C. sugerem contatos internacionais, enquanto a presença de seda e pólen indica rituais elaborados. Arqueólogos acreditam que o tesouro foi enterrado cerimonialmente, possivelmente em homenagem a uma mulher de alto status, marcando o fim de uma era na comunidade. Além disso, a análise de DNA de restos mortais encontrados no local revelou laços familiares e possíveis conexões com indivíduos de fora da região, reforçando a ideia de uma sociedade interconectada.
A descoberta oferece novos insights sobre a vida cotidiana, práticas religiosas e estrutura social dos vikings, destacando seu papel em redes de intercâmbio global. O assentamento, com características altamente ritualísticas, sugere uma cultura complexa e espiritualizada, enquanto os artefatos apontam para migrações ou influências externas. Considerado um marco para a arqueologia, o achado enriquece o entendimento histórico sobre uma das civilizações mais fascinantes da Escandinávia medieval.