Negociadores russos entregaram à Ucrânia um memorando com as condições para um cessar-fogo total no conflito, incluindo a anexação de 20% do território ucraniano atualmente ocupado pelas tropas da Rússia. O documento, apresentado durante um encontro em Istambul mediado pela Turquia, também exige a retirada das forças ucranianas dessas regiões, a interrupção do apoio militar ocidental e limitações ao exército do país. Em contrapartida, a Rússia oferece o fim das sanções econômicas e a retomada das relações comerciais, incluindo o fluxo de gás.
Apesar das exigências, as negociações permitiram um acordo sobre a troca de prisioneiros feridos e dos corpos de soldados mortos, marcando um avanço diplomático. Ambos os lados concordaram em liberar prisioneiros gravemente feridos ou doentes com até 25 anos, além de 6 mil cadáveres de cada lado. Enquanto isso, a Ucrânia mantém sua posição de não ceder territórios e continuar buscando integração à Otan, rejeitando propostas semelhantes feitas em negociações anteriores.
O diálogo ocorreu após um dos maiores ataques ucranianos no conflito, com a destruição de 41 bombardeiros russos por drones, causando prejuízos bilionários. Em resposta, a Rússia realizou o maior bombardeio de drones da guerra até o momento, com 472 projéteis lançados contra a Ucrânia. O conflito, que já dura mais de três anos, continua sem perspectivas de resolução imediata, enquanto ambos os lados intensificam ações militares e buscam vantagens nas negociações.