O Brasil registrou cerca de 14.834 mortes de ciclistas no trânsito entre 2014 e 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. A média anual é de 1.300 óbitos, com tendência de crescimento contínuo ao longo da década. Em 2021, foram contabilizados 1.381 casos, e os anos seguintes mantiveram números similares, indicando estabilidade ou aumento nas fatalidades. A faixa etária mais afetada é a de 50 a 59 anos, e o país está entre os primeiros no ranking mundial de mortes no trânsito, atrás apenas de Índia e China.
A vulnerabilidade dos ciclistas está ligada a fatores como infraestrutura deficiente, fiscalização insuficiente e comportamentos de risco de motoristas e dos próprios ciclistas. Além das mortes, há um aumento significativo de internações hospitalares devido a acidentes, com lesões como fraturas, traumas articulares e lesões ligamentares. Esses casos demandam tratamento especializado e representam um desafio para o sistema de saúde.
Especialistas destacam a importância do uso de equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras e cotoveleiras, para reduzir impactos e prevenir lesões graves. A manutenção adequada das bicicletas e o respeito às regras de trânsito também são medidas essenciais para evitar acidentes. “São cuidados simples que salvam vidas e minimizam sequelas”, reforça um médico especializado em traumatologia. A conscientização e a adoção de práticas seguras são fundamentais para reverter esse cenário.