A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) autorizou a SpaceX a realizar um novo teste de voo com o foguete Starship, marcado para terça-feira, 27 de junho, no Texas. O aval ocorre após dois fracassos consecutivos em 2024, que resultaram em explosões e dispersão de destroços em regiões habitadas, incluindo o Caribe. A FAA impôs ajustes técnicos e ampliou a zona de exclusão aérea, que agora abrange parte do Caribe, México, Cuba e Reino Unido, visando mitigar riscos. A SpaceX atendeu aos requisitos ambientais e de segurança, mas a agência alertou que os perigos permanecem elevados.
O nono voo experimental do Starship, o foguete mais potente do mundo, incluirá pela primeira vez uma carga útil: oito simuladores de satélites Starlink, que auxiliarão na análise estrutural. O teste também avaliará tecnologias de reentrada e reutilização de um propulsor Super Heavy recuperado em um lançamento anterior. A SpaceX busca melhorar o controle de trajetória e reduzir falhas, ajustando hardware e sistemas de ignição. No entanto, o propulsor não tentará pousar na base de lançamento, optando por uma aterrissagem forçada no Golfo do México para evitar danos à infraestrutura.
A Starship é crucial para os planos da NASA de retornar à Lua e, futuramente, chegar a Marte, mas sua confiabilidade ainda está em teste. A SpaceX mantém um cronograma ambicioso, com até 25 lançamentos previstos para 2025, mas os contratempos recentes pressionam o ritmo das operações. Enquanto isso, a empresa segue com missões paralelas, como o lançamento de satélites Starlink via Falcon 9, também programado para a mesma terça-feira. O histórico do Starship mistura avanços técnicos com falhas recorrentes, destacando os desafios da exploração espacial comercial.