Um cão de serviço treinado para acompanhar uma criança autista de 12 anos foi impedido de embarcar em um voo da TAP, separando-a de seu apoio essencial há mais de 45 dias. Teddy, o animal, possui certificação aceita pelo governo português, mas a companhia aérea alegou que o documento não atendia a seus protocolos internos, cancelando o voo mesmo após uma decisão judicial favorável ao embarque. A ausência do cão tem impactado a saúde emocional da menina, que voltou a apresentar crises graves desde a separação.
A TAP afirmou que cumprir a liminar violaria seu manual de operações e colocaria em risco a segurança a bordo, além de argumentar que a acompanhante da criança não era a beneficiária direta do cão. O caso gerou repercussão em Portugal, com críticas ao custo estimado de mais de R$ 3 milhões com o cancelamento do voo. Enquanto isso, a família aguarda uma nova audiência judicial para resolver o impasse.
O certificado veterinário internacional de Teddy expirou, exigindo uma nova emissão antes de qualquer tentativa de viagem. O desfecho do caso depende agora da Justiça, enquanto a criança continua sem seu apoio terapêutico. O episódio levanta debates sobre a regulamentação de cães de serviço em voos e os direitos de passageiros com necessidades especiais.