O Supremo Tribunal Federal (STF) entrou na segunda semana de depoimentos das testemunhas de defesa dos acusados na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Nesta fase, oito testemunhas indicadas por um ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional prestaram declarações, buscando contestar as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o inclui no chamado “núcleo crucial” do caso. Entre os depoimentos, um oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou que não havia possibilidade técnica ou legal de infiltrar agentes no processo eleitoral, descartando ações ilegais.
As testemunhas negaram que o ex-ministro tenha discutido medidas extremas, como estado de exceção ou fraudes nas urnas eletrônicas. Um ex-diretor do Gabinete de Segurança Institucional reforçou que as conversas no órgão sempre respeitaram os limites legais, enquanto um ex-ministro da Saúde afirmou não ter participado de discussões sobre ruptura democrática. Além disso, um assessor de imprensa do GSI descartou que o ex-ministro tenha ordenado a divulgação de conteúdo sobre supostas fraudes eleitorais.
Nos próximos dias, o STF ouvirá testemunhas indicadas por outros acusados, incluindo um ex-ministro da Justiça e o ex-presidente. Com 25 depoimentos previstos, os trabalhos devem se estender até o final da semana. O caso continua sob análise, com a defesa buscando enfraquecer as acusações de golpe e reforçar a ideia de uma transição pacífica após as eleições.