Neste domingo (25), a Venezuela realizou eleições parlamentares e regionais para renovar a Assembleia Nacional, governadores e deputados, com expectativa de um recorde de abstenção. Pesquisas locais indicavam uma participação em torno de 30%, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo, decidiu prolongar o horário de votação em uma hora, citando filas em centros eleitorais. A mídia estatal atribuiu as baixas mobilizações às chuvas, enquanto o presidente fez um apelo por meio de redes sociais para aumentar a participação.
As eleições reforçaram a divisão na oposição, com um setor defendendo o boicote e outro optando por participar, criticando a estratégia de abstencionismo. Antes do pleito, autoridades prenderam dezenas de opositores e ativistas, acusados de planejar ações contra o governo. Além disso, o chavismo alegou, sem apresentar provas, que havia um suposto plano para atacar embaixadas e outros locais estratégicos, atribuindo a responsabilidade a grupos que buscariam sabotar o processo eleitoral.
Outro ponto de tensão foi a realização de votação simbólica para eleger representantes do Essequibo, região disputada com a Guiana. O governo venezuelano instalou centros de votação no estado de Bolívar, enquanto a Guiana reforçou sua posição, com o presidente destacando a prontidão das tropas para defender a soberania do território. A Casa Branca também se manifestou, rejeitando as ações que possam afetar a integridade territorial guianense.