Um ataque israelense em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, resultou na morte de nove crianças, filhos de um casal de médicos que trabalhava em um hospital local. Segundo relatos, as vítimas tinham entre sete meses e 12 anos, e o único sobrevivente, um menino de 11 anos, foi submetido a cirurgia. O pai, gravemente ferido, corre risco de vida. As Forças Armadas de Israel afirmaram ter alvejado uma estrutura próxima a militares, descrevendo a área como zona de guerra, e disseram que a alegação de danos a civis está sob análise.
A situação humanitária em Gaza continua crítica, com relatos de escassez de alimentos e medicamentos. Autoridades locais afirmam que quase 54 mil pessoas morreram desde o início dos ataques, número contestado por Israel e EUA, mas considerado confiável pela ONU. Enquanto isso, o secretário-geral da ONU alertou que a população enfrenta a fase mais cruel do conflito, criticando o bloqueio israelense à ajuda humanitária, parcialmente suspenso nesta semana.
Na Europa, o apoio a Israel começa a ser questionado, com países como Reino Unido e França expressando preocupação com a proporcionalidade das operações militares. Na Alemanha, um comissário governamental destacou o equilíbrio necessário entre a defesa de Israel e a garantia de direitos humanos em Gaza, reiterando a responsabilidade histórica do país, mas questionando até que ponto o apoio incondicional se justifica. O debate reflete a crescente tensão internacional em torno do conflito.