A Justiça decidiu manter a prisão de quatro investigados e conceder liberdade a outros dois, incluindo um delegado e uma vereadora, em um caso envolvendo sequestro e tortura no sul de Roraima. Os fatos, ocorridos em fevereiro de 2023, estão ligados a um suposto roubo de cassiterita extraída ilegalmente da Terra Indígena Yanomami. A juíza responsável determinou medidas cautelares para os liberados, como a suspensão de funções públicas e a proibição de contato com envolvidos no processo.
Entre os presos, estão três policiais — dois do Amazonas e um de Roraima — e um empresário. Já um outro empresário teve sua prisão revogada após comprovar que estava no Rio Grande do Sul no dia do crime. As investigações da Polícia Federal indicam que o grupo agia de forma organizada, escoltando cargas de minério ilegal e atuando paralelamente às autoridades estatais.
O caso continua sob análise, com a defesa dos investigados buscando contestar as acusações. A decisão judicial destacou a importância de provas concretas, como no caso do empresário que apresentou vídeos e documentos para demonstrar sua ausência no local do crime. As medidas refletem a complexidade do combate a crimes ambientais e violações de direitos em áreas indígenas.