O escritor e poeta Paulo Henriques Britto foi eleito para a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta quinta-feira (22/5), com 22 votos. A vaga havia ficado aberta após o falecimento da escritora Heloisa Teixeira em março deste ano. Britto, conhecido por sua extensa obra literária e traduções, superou o poeta e jornalista Salgado Maranhão, que recebeu 10 votos.
Com 14 livros publicados — entre poesia, ensaios e literatura infantojuvenil —, Britto é reconhecido como um dos maiores tradutores de língua inglesa do Brasil, tendo trabalhado em obras de autores como Virginia Woolf, Charles Dickens e James Baldwin. Sua atuação abrange ainda a crítica literária e o ensino, consolidando-o como uma figura multifacetada no cenário cultural brasileiro.
O presidente da ABL, Merval Pereira, destacou que a entrada de Britto na Academia permitirá aprofundar a discussão sobre poesia, dramaturgia e cultura nacional. Acadêmicos como Lilia Schwarcz e Antonio Torres elogiaram sua sensibilidade poética e habilidade como tradutor, reforçando que sua presença será valiosa para a instituição. Britto é visto como uma escolha natural para a ABL, que busca renovar-se sem perder de vista sua tradição imortal.