Uma operação da Polícia Civil no Amazonas resultou na prisão de uma mulher acusada de se passar por médica e na investigação de seu irmão por envolvimento em um esquema de venda de atestados falsos. A suspeita, formada em Educação Física, usava jalecos, carimbos de profissionais reais e documentos falsificados para atender pacientes, incluindo crianças com condições graves. Ela também se infiltrou em grupos médicos e programas de saúde, chegando a ministrar aulas como professora convidada. Durante a ação, foram apreendidos medicamentos, receituários e outros materiais usados nos crimes.
A investigação revelou que a falsa médica alegava especializações e cursos em instituições renomadas, como Fiocruz e USP, mas as verificações mostraram que as informações eram fraudulentas. Além disso, ela tentou se promover associando-se indevidamente a figuras públicas, como o prefeito de Manaus, que desmentiu qualquer relação. Pelo menos duas crianças autistas e trabalhadores demitidos por apresentarem atestados falsos estão entre as vítimas. A Justiça decretou sua prisão preventiva por crimes como exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e estelionato.
O caso surgiu como desdobramento de outra operação recente que prendeu um homem por atuar ilegalmente como médico. As autoridades alertam para a importância de verificar a regularidade de profissionais junto aos conselhos competentes. Enquanto isso, o irmão da investigada e uma funcionária de clínica particular responderão em liberdade por suposta participação no esquema de atestados falsos. O hospital onde a suspeita obteve um carimbo afirmou não ter vínculo com ela e colabora com as investigações.