O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco anunciou que está elaborando um relatório para solicitar à Justiça a internação compulsória de pessoas em situação de rua que se recusam a receber atendimento no Centro POP ou o benefício do aluguel social. Segundo ele, a medida visa enfrentar um problema que envolve múltiplas instituições, incluindo o Judiciário e o Ministério Público. O secretário destacou que a mudança do Centro POP para outro endereço faz parte de um plano municipal mais amplo, mas reconheceu que alguns indivíduos não aceitam os serviços oferecidos, como abrigos e apoio psicossocial.
A transferência do Centro POP para a Baixada da Sobral gerou protestos de moradores e comerciantes, que alegam preocupação com segurança e impacto local. A prefeitura justificou a mudança citando a inadequação da estrutura anterior e reclamações de vandalismo no centro da cidade. Apesar das críticas, o secretário afirmou que a nova localização foi escolhida por sua proximidade com serviços essenciais, como o Restaurante Popular e unidades de saúde, facilitando o atendimento ao público-alvo.
Enquanto isso, o Centro POP continua atendendo mais de 600 pessoas cadastradas, com foco em reinserção familiar e acesso a moradia. Dados indicam que Rio Branco tem uma proporção significativa de pessoas em situação de rua, a maioria entre 30 e 60 anos. A polêmica em torno da internação compulsória e da mudança do centro reflete os desafios de políticas públicas para essa população, equilibrando direitos individuais e intervenção estatal.