Após 11 semanas de bloqueio, Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde a população enfrenta uma crise humanitária grave. As primeiras entregas incluíram alimentos para bebês e outros produtos básicos, com promessa de ampliação para mais remédios e comida. O governo israelense justificou o bloqueio anterior alegando que o Hamas desviava suprimentos e que a medida era uma forma de pressionar a libertação de reféns.
A decisão de liberar ajuda mínima foi tomada após pressão de aliados, que expressaram preocupação com o risco de fome em massa. Autoridades de países como Reino Unido, França e Canadá, além da União Europeia, classificaram a situação em Gaza como “intolerável” e ameaçaram sanções se Israel não aumentasse a assistência. Enquanto isso, a ONU destacou que o volume de ajuda liberado ainda é insuficiente para atender às necessidades da população.
No mesmo dia em que permitiu a entrada dos caminhões com suprimentos, Israel realizou novas operações militares em Gaza, resultando em dezenas de mortes, segundo fontes locais. Moradores de Khan Younis foram ordenados a evacuar, com as forças israelenses prometendo um ataque sem precedentes. Civis desabafaram sobre a falta de opções de abrigo, reforçando o cenário de desespero na região.