O ministro da Agricultura e Pecuária afirmou que o caso de gripe aviária detectado em uma granja comercial em Montenegro (RS) não deve impactar significativamente os preços da carne de frango e dos ovos no Brasil. A suspensão temporária das exportações para alguns países pode gerar um excesso de oferta em curto prazo, mas o mercado interno, que absorve 70% da produção, deve manter a estabilidade. A expectativa é que, após 28 dias sem novos casos, o país declare o fim da emergência zoossanitária.
Até o momento, metade das 538 propriedades localizadas em um raio de 10 km do foco da doença já foi vistoriada. Cerca de 17 mil aves morreram ou foram sacrificadas, e 30 milhões de ovos férteis estão sendo rastreados e destruídos para conter a propagação do vírus. O governo reforçou que o sistema de vigilância brasileiro está atuando com rigor, tendo investigado mais de 2.500 suspeitas desde maio de 2023.
O ministério destacou que a reabertura dos mercados internacionais não depende necessariamente do reconhecimento do status livre de gripe aviária, mas sim das negociações bilaterais. O secretário de Defesa Agropecuária ressaltou que, seguindo os protocolos internacionais, o Brasil comunicará oficialmente o encerramento do caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) após o período de monitoramento. A situação está sendo acompanhada de perto para evitar maiores prejuízos ao setor avícola.
