Pacientes com diabetes tipo 1 em Ribeirão Preto (SP) relatam dificuldades para obter medicamentos e insumos essenciais fornecidos pelo governo estadual, mesmo com decisões judiciais que determinam o fornecimento regular. Entre os itens em falta estão insulina, sensores e cateteres, necessários para o funcionamento de bombas de insulina, equipamento vital para o controle da doença. A situação tem levado os pacientes a usar reservas antigas ou adotar métodos menos eficazes, aumentando os riscos de complicações como hipoglicemia e hiperglicemia.
O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Ribeirão Preto afirmou que os insumos estarão disponíveis até o final de maio, mas não esclareceu os motivos dos atrasos. Familiares e pacientes criticam a falta de transparência e a sensação de desamparo, já que muitos dependem exclusivamente do sistema público para tratamentos que podem custar até R$ 4,5 mil mensais. A médica endocrinologista entrevistada alertou que a interrupção no uso das bombas de insulina pode levar a descompensações perigosas no quadro clínico dos pacientes.
A reportagem destacou casos como o de uma adolescente que precisou voltar a medir a glicose manualmente, aumentando as picadas nos dedos de 3 para até 15 vezes ao dia. Enquanto aguardam a regularização, os pacientes cobram maior eficiência e comunicação por parte do poder público, evitando que a falta de insumos coloque suas vidas em risco. O governo estadual prometeu normalizar a situação, mas não forneceu prazos concretos ou explicações detalhadas sobre as falhas.