A Polícia Civil concluiu que o suposto confronto entre policiais e criminosos, onde teria sido encontrada a arma usada no assassinato do advogado Renato Nery, em julho do ano passado, foi forjado. O inquérito, divulgado nesta sexta-feira (2), apontou que a arma foi plantada no local para encobrir o crime. Nove pessoas já foram presas, incluindo quatro policiais militares indiciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual e porte ilegal de armas.
A investigação constatou que as pistolas apreendidas não foram disparadas durante o suposto confronto, e depoimentos indicaram que as armas não pertenciam aos assaltantes. Além dos quatro PMs, outros três militares e um caseiro, apontado como executor do crime, também foram detidos. O advogado, de 72 anos, foi baleado em frente ao seu escritório em Cuiabá e morreu um dia após o ataque, que foi registrado por câmeras de segurança.
Renato Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), era uma figura respeitada na área jurídica. O caso continua sob investigação, e as defesas dos acusados aguardam a manifestação do Ministério Público para se pronunciar. O inquérito destacou a complexidade do crime e os esforços para desvendar os fatos, garantindo que a justiça seja feita.