Os preços dos ovos comerciais vermelhos caíram quase 12% em abril de 2025, após uma série de altas recordes no primeiro trimestre do ano. Segundo o Cepea da Esalq-USP, a caixa com 30 dúzias chegou a custar R$ 276 em fevereiro, mas recuou para R$ 204 no final de abril em regiões como Santa Maria de Jetibá (ES). A queda foi impulsionada pela redução da demanda após a Páscoa e os feriados de Tiradentes, além do menor poder de compra no fim do mês. Em algumas áreas, o aumento dos estoques também pressionou as cotações para baixo.
No início do ano, os preços haviam disparado devido a uma combinação de fatores, como a onda de calor que afetou a produção e a qualidade dos ovos, além do aumento nos custos de insumos como milho e farelo de soja. A alta demanda durante a Quaresma, período em que o consumo de ovos tradicionalmente aumenta, também contribuiu para os reajustes. Em fevereiro, os valores chegaram a subir 40% em algumas regiões, como Bastos (SP) e Grande São Paulo, refletindo a escassez do produto no mercado.
Apesar da recente queda, o setor segue atento à sazonalidade dos preços e aos desafios logísticos e climáticos. Dados do IBGE mostram que a produção nacional de ovos atingiu um recorde em 2024, com 3,83 bilhões de dúzias, um crescimento de 11,5% em relação a 2023. Analistas do Cepea destacam que, embora os estoques estejam equilibrados, a volatilidade dos custos de produção e a demanda flutuante mantêm o mercado sob observação.