O Vaticano divulgou a imagem do túmulo do Papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior, marcado por simplicidade, como era seu desejo. O mármore, originário da Ligúria, homenageia as raízes italianas de Jorge Bergoglio. Enquanto isso, a cidade enfrenta um fluxo massivo de fiéis, com mais de 90 mil pessoas prestigiando o último adeus, e cardeais se preparam para as cerimônias fúnebres, esbarrando em limitações de infraestrutura, como a falta de alojamentos adequados.
A Casa Santa Marta, local onde os cardeais ficarão confinados durante o conclave, não tem capacidade para acomodar todos os eleitores, ultrapassando o limite de 120 quartos. A situação exige ajustes na Constituição apostólica, enquanto questões como a participação de cardeais com direitos suspensos geram debates. Enquanto isso, analistas especulam sobre o possível perfil do próximo papa, com alguns defendendo a continuidade do legado de Francisco e outros apontando para uma possível virada conservadora.
Dom Sérgio da Rocha, cardeal primaz do Brasil, destacou a importância de manter viva a herança ética e espiritual deixada por Francisco, valorizando a sinodalidade e o diálogo. Nomes como Mário Grech e Jean-Claude Hollerich surgem como possíveis sucessores alinhados a esse legado. No sábado, o corpo do papa será recebido por grupos marginalizados, refletindo seu compromisso com os mais vulneráveis. O funeral e o conclave prometem ser momentos decisivos para o futuro da Igreja Católica.